53

A expedição continua em busca do novo, do velho, do mesmo, de outro modo. Do combustível que acenda a chama, do sorriso involuntário, da conexão. Caminhos que se cruzam novamente, porém não amarrados. Admiração, respeito, entendimento, sintonia, parceria, facilidade no tratar, liberdade de ir e vir.

Cada conquista, cada noite adentro ali, com a mesma visão e a mesma missão, todas as vezes que sentava ali. A vista perde o horizonte, e se sentir perdido em meio a tudo que acontece nunca é demais.

A tempestade parece ser em copo d’água, mas não é – ou foi. Aqui, lá, acolá e quiçá no Paraná, só chuva, frio, ventania e muito sono. E que venham mais dias chuvosos, água é fonte da vida faz bem, como diz minha mãe.

O passado recente tirou a identidade de ser e do viver, mas era necessário. O tapete é lindo, mas estava cheio de pó, de sujeira, precisava ser sacudido. O excesso de paciência acaba esfriando o peito, perdendo um pouco o sentido das coisas. Ditados ganham sentido e a vida vira clichê, infelizmente.

Aos poucos, se sentir quente e protegido, ter um porto seguro, um corpo fora de si para repousar, uma alma pra compartilhar momentos, sonhos e projetos de vida. Faz bem, faz falta, faz crescer, faz vencer, faz tanta coisa que nem dá pra mensurar. A lei de Murphy bem que tenta desanimar em algumas vezes, mas a certeza de que há muito pra viver acalanta o desesperado e sedento coração por novidades.

Talvez para se sentir vivo, se sentir útil, ativo. Derrubar muros que dividem a luz da escuridão, o brilho da sombra.



Deixe um comentário

EU?

Músico, escritor, inquieto e hiperativo. Meu joelho treme no frio e minha pálpebra treme quando to no limite. Um café e um cigarro caem bem. Bateria pra aliviar e conectar, música pra sorrir e deixar fluir. Gratidão nem sempre vem, mas sempre tem.

Newsletter