Tâmaras

Quanta coisa para dizer que não sei nem por onde começar. Nem como, e nem porquê, mas o silencio excessivo causa um transbordamento que é quase impossível não externar o que se pensa e o que se sente de alguma forma…

Algumas coisas se mantém, como a sensação de que os dias são iguais, de que tudo perdeu o sentido e só entrego ao destino o meu futuro (e o presente também). Poucas situações me mantém vivo, e são sempre as mesmas: tocar bateria, dar aula, conviver com gente leve e poder trocar experiência com quem vive o mesmo sonho que eu.

Dar aulas, fazer musica, correr atrás de um projeto com pessoas que também querem viver desse mesmo sonho, depois de tantos anos, tentativas e erros… parece que a vida começa a colocar nos trilhos o que eu já não acreditava que teria um fim concreto e realizado.

Muita coisa aconteceu em 2022 que me fez pensar em desistir e apenas viver. A eterna sina de que anos pares são péssimos e anos ímpares são melhores… Tirando poucos prazeres musicais, foi um ano de se esquecer, assim como todos que sucederam 2004 nessa sina louca de ano bom/ano ruim.

Novas esperanças começam a aparecer nesse momento, e o que estava desacreditado começa a renascer, com uma nova cara. O que parecia semente seca começa a crescer e fortalecer os primeiros galhos. Agora parece a hora certa e o momento certo para dar o fruto desejado.

Talvez seja a ultima chance. A derradeira. O trampolim. O despertar. O renascer. O florescer. O voar. O molho.



Deixe um comentário

EU?

Músico, escritor, inquieto e hiperativo. Meu joelho treme no frio e minha pálpebra treme quando to no limite. Um café e um cigarro caem bem. Bateria pra aliviar e conectar, música pra sorrir e deixar fluir. Gratidão nem sempre vem, mas sempre tem.

Newsletter